# Usando o calendário exposto por Ezequiel para revelar a profecia de Daniel
Este novo calendário ganha força a partir de duas fontes: está de acordo com o relato bíblico e descobre um significado adicional na profecia bíblica. Ao compreender este calendário escondido, o relato de Ezequiel, como brasas incandescentes, traz luz para o caminho a seguir. Este sistema não só preenche a lacuna na descrição dos 14 meses de Ezequiel, como também oferece uma visão surpreendente que se insere no tecido mais vasto da profecia bíblica.
Pense neste calendário como uma lente especial, uma ferramenta única para ver os pontos de inflexão da história de uma nova forma. Os principais acontecimentos e datas mencionados na Bíblia revelam subitamente aspectos escondidos, e as suas ligações às profecias tornam-se claras sob uma luz nova e espantosa.
Antes de começarmos esta aventura de descoberta, vamos explorar algumas crenças e pressupostos fundamentais, a base sobre a qual assentam estas explicações. Este caminho promete uma conexão mais profunda com as vozes proféticas que ressoam através do tempo.
# As Setenta Semanas: Um olhar sobre as principais crenças
Daniel 9 menciona uma profecia sobre “Setenta semanas”, mas elas são simbólicas, cada uma representando sete anos. No total, são 490 anos. Esta misteriosa profecia tem um significado profundo para o povo judeu e para a sua amada Jerusalém. Ela prenuncia o renascimento da cidade, a chegada e a partida do Messias e um período de dificuldades.
Mas há esperança! Muitos vêem ecos desta profecia na vida de Jesus Cristo, o Messias cuja chegada marca um momento crucial. A vida, a morte e a ressurreição de Jesus completam o quadro profético. O alinhamento entre esta profecia e as cronologias bíblicas reforça a ideia de que cada “semana” representa sete anos.
Pense na profecia como uma chave que desvenda segredos. Ela revela uma cronologia para a jornada de Jesus. Conta 69 “semanas” (483 anos) a partir de 455 a.C., quando o rei Artaxerxes permitiu a reconstrução de Jerusalém. Como um relógio, os anos avançam. Este período de 483 anos termina em 29 d.C., quando Jesus, batizado no Jordão, assume o seu papel messiânico.
Ao explorarmos este calendário escondido, lembre-se: estas crenças guiam a nossa compreensão, lançando luz sobre as sombras da história.
# Navegando no tempo: Definindo o curso
Embarque numa aventura de viagem no tempo: estamos prestes a explorar uma linha temporal histórica, utilizando metade de uma “semana” simbólica como ponto de partida. Não é apenas uma semana, mas um tipo especial de semana - um período simbólico que dura sete anos, baseado numa profecia de Daniel 9:27. Concentrar-nos-emos na primeira metade da semana, que equivale a 1.288 dias no nosso calendário. [1]
Dois acontecimentos fundamentais marcam o ponto intermédio desta semana. O primeiro é a execução de Jesus numa data específica: 14 de Nisã, 33 d.C. O segundo é uma ocasião importante 52 dias depois: o derramamento do espírito santo de Deus no Pentecostes, a 6 de Sivã, 33 d.C.
# Retrocedendo até a aparição de Jesus
A nossa exploração começa num dia decisivo: 14 de Nisã, 33 d.C., quando a missão terrena de Jesus terminou. Contamos cuidadosamente para trás, marcando 1.288 dias. Esta viagem leva-nos a 26 de Elul de 29 d.C., uma data proposta de grande significado: o batismo e a unção de Jesus. De acordo com a profecia das 70 semanas de Daniel, foi nessa data que apareceu o “Messias o Líder”.
# Navegando para a frente a partir da restauração de Jerusalém
Vamos revisitar outro momento crucial da história: a conclusão dos muros de Jerusalém no dia 25 de Elul, 455 AEC (Neemias 6:15). Esse evento marcou o renascimento de Jerusalém como uma verdadeira “cidade”, conforme definido em Levítico 25:29, 31, e também preparou o caminho para o desenrolar da profecia das “70 semanas” de Daniel.
Daniel 9:24 prescreveu que a “cidade” de Jerusalém passaria por um período específico de consideração especial. Entretanto, Levítico deixa claro que uma cidade sem muros não é realmente uma “cidade”. Somente quando protegida por um muro ela pode reivindicar esse título. Por esse motivo, a “cidade” de Jerusalém não poderia iniciar as “70 semanas” de consideração especial que lhe foram designadas até que os muros estivessem funcionando.
Contagem regressiva para o Messias: A contagem regressiva para o Messias começa com a declaração de reconstrução dessa “cidade santa”. Neemias 6:15 registra a data de conclusão do muro. É interessante notar que Neemias 7:1-5 sugere que a declaração divinamente inspirada para reconstruir a cidade foi feita no dia seguinte, em 26 de Elul, 455 AEC. Essa é a data mais antiga em que tanto o período de consideração especial por Jerusalém quanto a contagem regressiva para a chegada do Messias poderiam começar.
Viagem no tempo: A partir desse ponto, avançamos 69 “semanas”, ou 483 anos, e chegamos a 26 de Elul, 29 d.C. Notavelmente, essa data coincide com a data a que chegamos anteriormente, contando 1.288 dias literais para trás (“meia” semana) com base no calendário proposto e na morte de Jesus em 14 de Nisã, 33 d.C.
# 52 dias: Um número com significado
A Bíblia diz-nos que as muralhas de Jerusalém foram reconstruídas em 52 dias (Neemias 6:15). Curiosamente, este mesmo número volta a aparecer séculos mais tarde, ligado aos acontecimentos em torno da morte de Jesus.
Dois momentos-chave, tempo partilhado
- Primeiro momento: São 52 dias de construção das muralhas de Jerusalém que levam à proclamação da restauração e reconstrução da cidade em 26 de Elul de 455 a.C.
- Segundo momento: São 52 dias contados desde a execução de Jesus em 14 de Nisã, 33 d.C. até o derramamento do espírito santo de Deus no Pentecostes em 6 de Sivã, 33 d.C.
Harmonizar os pormenores
Embora o número de dias seja o mesmo, as direcções (“até” e “contados a partir de”) diferem. Esta aparente contradição pode ser resolvida através de uma compreensão mais próxima da profecia de Daniel.
A profecia de Daniel: decifrar os pormenores
A profecia de Daniel menciona que o Messias é “cortado”, mas não diz exatamente quando. Diz apenas que isso acontece depois do aparecimento do Messias. Não existe um calendário exato para este “corte”.
No entanto, a profecia afirma claramente que os sacrifícios cessarão a meio da semana em que o Messias guarda a aliança. Este momento é exato.
Uma nova perspetiva: Dois acontecimentos, um número
Poderá Daniel 9 estar a descrever dois acontecimentos distintos?
- Primeiro evento: O “corte” de Jesus em 14 de Nisã.
- Segundo acontecimento: 52 dias depois, o ato de Jesus leva ao fim dos sacrifícios no Pentecostes.
Nesta perspetiva, os dois períodos de 52 dias conduzem a momentos cruciais, que se espelham no tempo. Além disso, a profecia não exige que o aparecimento do Messias e o início da aliança ocorram ao mesmo tempo.
Tecer os fios: uma tapeçaria unificada
Ver estes acontecimentos como distintos, ligados pelo padrão dos 52 dias, oferece uma bela harmonia. Compreendemos a sequência dos acontecimentos em cada caso, reconhecendo ao mesmo tempo a flexibilidade da profecia em relação à cronologia do Messias.
# Jesus inicia o seu ministério
A partir deste novo ponto de vista, temos agora um momento-chave na história que ocorre no Pentecostes, Sivân 6, 33 d.C. Podemos usar esta data como ponto de partida para traçar um período de 1.288 dias. Isto leva-nos a Chesvã/Bul 18, 29 d.C., outra data proposta de grande importância: o início do ministério público de Jesus.
52 dias após o seu batismo, em 26 de Elul de 29 d.C., Jesus entrou no palco do mundo, cumprindo a aliança, e as suas palavras ecoaram através dos tempos. [2]
# João como “porteiro” e Jesus como “porta”
No relato de Neemias, após a reconstrução do muro de Jerusalém em 52 dias, os “guardas da porta” receberam as suas funções (Neemias 7:1). Este acontecimento aparentemente vulgar parece refletir os papéis de João Batista e de Jesus.
João, actuando como porteiro, desempenha um papel fundamental. Batismo Jesus e, 52 dias depois, dá-se um ponto de viragem, abre-se uma “porta” para uma nova era, quando João apresenta Jesus e Jesus inicia o seu ministério público. Isto é como o que Jesus diz sobre o “porteiro” (João 10:3), quando ele próprio se chama a “porta” (João 10:7-9).
É difícil não perceber a ligação. Os 52 dias que medeiam entre o início da construção do muro de Jerusalém e a nomeação dos porteiros são os mesmos que medeiam entre o batismo de Jesus por João e o início do ministério público de Jesus. Esta ligação, mais do que uma mera coincidência, sugere um padrão divino tecido no tempo.
Poderá João Batista ser o “porteiro” que abre o caminho através de Jesus, a “porta”? Poderão estes acontecimentos de Neemias prefigurar os papéis de João e de Jesus? A ligação clara e a ideia intrigante convidam-nos a explorar mais.
# Ligar o ministério de Jesus aos ritmos da agricultura
Vejamos mais de perto o momento da ressurreição de Jesus e a chegada do espírito santo de Deus à congregação cristã. Pensa-se que estes acontecimentos cruciais tiveram lugar em datas-chave ligadas ao início da época das colheitas na terra de Israel. Estes alinhamentos têm um significado importante.
A ressurreição de Jesus coincidiu com a oferta dos primeiros frutos da colheita. No dia 16 de Nisã, um sacerdote agitava um molho de cevada, marcando o início da colheita da cevada. A chegada do espírito santo de Deus à congregação cristã ocorreu cinquenta dias depois, a 6 de Sivã. Esta é a data do Pentecostes, que marca o início da colheita do trigo, que amadureceu mais tarde.
Estes acontecimentos, ligados ao ciclo da colheita dos cereais, têm um significado profundo. Mas, embora a história termine com a colheita, começa também com a sementeira. Chesvã/Bul, o mês anteriormente identificado como o início do ministério público de Jesus, é também a altura em que tanto a cevada como o trigo eram semeados em Israel. Tal como as sementes são plantadas na expetativa de uma colheita futura, também as sementes do ministério de Jesus foram semeadas.
# O início do ministério público de João
João Batista, que preparou o caminho para Jesus, nasceu cerca de seis meses antes de Jesus, de acordo com Lucas 1:36. Este facto sugere que a pregação de João começou cerca de seis meses antes do ministério de Jesus, que identificámos anteriormente como o mês de Chesvã/Bul. Portanto, o ministério de João começou provavelmente a meio do mês de Íiar/Zive. Este facto marca um ponto crucial na cronologia, pois o ministério de João preparou o caminho para a chegada de Jesus à cena.
# O segundo mês (Íiar/Zive) e o seu significado no tempo de Moisés
A nossa análise sugere que João começou o seu ministério em Íiar/Zive. Este mês tem um significado especial, pois aparece nas passagens-chave do livro dos Números: 1:1, 6:1-2 e 10:11-13.
Enquanto acampavam perto do monte Sinai, no primeiro dia de Zive, Deus começou a falar com Moisés a partir do tabernáculo. Vinte dias depois, os israelitas deixaram o Sinai, prosseguindo a sua viagem. No entanto, durante este breve período, ocorreu um acontecimento importante: o estabelecimento do serviço dos nazireus por decreto divino.
O momento deste acontecimento, no mês de Íiar/Zive, é particularmente digno de nota, porque cai no mesmo mês que sugerimos como início do ministério de João, que era nazireu de nascença.
# Ligação entre o Templo de Salomão e a “Verdadeira Tenda” no tempo
Vejamos uma ligação surpreendente entre o significado simbólico do tabernáculo e dos templos, e a criação da “verdadeira tenda” mencionada em Hebreus 8:2. Primeiro, vamos entender o significado básico da “verdadeira tenda” como explicado em Hebreus.
O tabernáculo e os templos terrenos simbolizavam a realidade espiritual estabelecida quando Jesus foi batizado. Ele actuou como o sacrifício perfeito e o sumo sacerdote (Hebreus 9:11-12, 24).
Os nossos cálculos mostram que o tempo de eventos importantes relacionados com a construção do Templo de Salomão e o estabelecimento da “verdadeira tenda” se alinham. As datas de início calculadas para os ministérios de João Batista e de Jesus correspondem à construção do Templo de Salomão.
O ministério de João, tal como o lançamento dos alicerces do templo, começou em Zive (1 Reis 6:37). Seis meses depois, em Bul, começou o ministério de Jesus. Do mesmo modo, as pedras do templo começaram a ser colocadas nesse mesmo mês (1 Reis 6:38). Além disso, a construção do templo, que começou em Bul e durou sete anos, reflecte os sete anos em que o Messias mantém a aliança em vigor, de acordo com a profecia das 70 semanas de Daniel.
# O Templo de Zorobabel e a “Verdadeira Tenda”
Com base na ligação entre a “verdadeira tenda” e a construção do templo de Salomão, exploramos um potencial padrão escondido na reconstrução do templo durante o tempo de Zorobabel.
Ecos através do tempo: Anteriormente, vimos como os começos calculados dos ministérios de Jesus e João Batista se alinharam com as fases de construção do templo de Salomão. Este paralelo fascinante sugere um padrão divino tecido através da história. Agora, descobrimos ligações ainda mais intrigantes.
Reflectindo o passado: A reconstrução do templo sob Zorobabel (Esdras 3:8, 5:1-2) ecoa a cronologia observada nos dias de Salomão. O trabalho de fundação no tempo de Zorobabel também começou em Zive, reflectindo a colocação dos alicerces na era de Salomão (1 Reis 6:37). No entanto, ao contrário do templo de Salomão, cuja construção foi imediata, o projeto de Zorobabel enfrentou desafios, o que levou a um atraso.
Os profetas e o reavivamento: No sexto mês, Elul, o profeta Ageu transmite uma mensagem de propósito renovado (Ageu 1:1). Dois meses depois, no oitavo mês, Bul, outro profeta, Zacarias, junta-se ao esforço com um encorajamento adicional (Zacarias 1:1). Isto coincide com o recomeço da construção, reflectindo tanto o início do ministério de Jesus como a construção do primeiro templo no mesmo mês de Bul.
Harmonia celestial: O aparecimento repetido de Zive e Bul, tanto nos dias de Salomão como nos de Zorobabel, alinhando-se com o início dos ministérios de João e de Jesus, é impressionante. Isso sugere uma harmonia celestial, um uso deliberado de meses específicos para ecoar o significado da “verdadeira tenda” estabelecida quando Jesus foi batizado. Estes ecos reforçam o argumento para usar este calendário proposto para interpretar as profecias bíblicas e as linhas do tempo.
# O ministério de Jesus e a Festividade das Barracas
Preenchendo a lacuna: Determinámos anteriormente que o ministério público de Jesus começou em Chesvã/Bul 18, 29 d.C., a seguir ao seu batismo em Elul 26, 29 d.C. Este período de 52 dias entre o seu batismo e o início do seu ministério funciona como uma ponte, englobando o seu jejum de 40 dias no deserto e os seis dias de viagem de ida e volta para o deserto.
O ponto central: Centrando-nos no meio deste período de 52 dias, chegamos aos dias 22 e 23 de Tisri. Estes dois dias são significativos pelas potenciais ligações simbólicas que revelam, marcando um ponto de viragem na preparação de Jesus para o Seu ministério.
Ecos da Festividade das Barracas: É interessante notar que o dia 22 de Tisri coincide com a Assembleia solene, o dia seguinte à Festividade das Barracas. Esta festa comemora o período de 40 anos durante o qual os israelitas viveram em abrigos temporários e vaguearam pelo deserto, reflectindo o jejum de 40 dias de Jesus no deserto. Para além disso, as referências de Jesus a tirar água do reservatório de Siloé (João 7:37) e à iluminação de Jerusalém (João 8:12) ecoam rituais associados a esta festa.
Alinhamento com a história: Acrescentando outra camada de significado, o dia 22 de Tisri também marca a conclusão da inauguração do templo de Salomão. Este notável alinhamento sugere uma potencial ligação simbólica entre o templo físico e o conceito da verdadeira tenda.
Celebração do cumprimento: O dia 23 de Tisri, o dia a seguir à Assembleia solene e à conclusão da inauguração do templo, é marcado pela alegria e celebração no relato bíblico (2 Crônicas 5:3, 7:8-10). Este facto está em sintonia com a alegre mensagem de salvação trazida por Jesus Cristo.
# A segunda metade da semana: Gentios, um Templo e o Espírito Santo de Deus
Partindo das ligações anteriormente estudadas entre a ideia da “verdadeira tenda” em Hebreus e a cronologia da profecia das 70 semanas, exploramos agora a segunda metade da semana.
Contagem para a frente: Como mencionado anteriormente, contámos trás 1.288 dias desde o Pentecostes (Sivân 6, 33 d.C.) até uma data ligada a acontecimentos envolvendo a “verdadeira tenda”. Agora, contamos para frente 1.288 dias a partir da mesma data, chegando a Quisleu 24, 36 d.C.
Os povos não-judias incluídos: Nesta data proposta, sugerimos outro acontecimento importante: o derramamento do espírito santo de Deus sobre os povos não-judias, incluindo Cornélio e outros (Atos 10). Este acontecimento marca a aceitação dos povos não-judias como parte do povo de Deus, um desenvolvimento significativo.
Renovação e fim: O momento é interessante. O dia 25 de Quisleu, o dia seguinte, é a Festividade anual da Dedicação, que celebra a renovação do templo. Este facto levanta questões. Poderá o dia que assinala a inclusão dos povos não-judias coincidir com o fim da renovação do templo no ano anterior, sugerindo simbolicamente o fim de um sistema antigo e o início de um novo?
Refletindo o início: Tal como o início da primeira metade da semana se relaciona com o estabelecimento da “verdadeira tenda” em Hebreus 8:2, o fim da segunda metade da semana alinha-se com a descrição de “um templo santo para Jeová” em Efésios 2:20-22. Esta comparação com o templo destaca a habitação do espírito santo de Deus. A passagem descreve este templo como “um lugar onde Deus habita pelo Espírito”.
Reflexões na Profecia de Ageu: É interessante notar que, séculos antes, o profeta Ageu falou da permanência do espírito santo de Deus entre os judeus, ao mesmo tempo que encorajava o seu zelo pela reconstrução do templo. Em Ageu 2:5, Deus afirma: “o meu espírito permanece entre vós”. De forma notável, este profeta menciona repetidamente o dia 24 de Quisleu (Ageu 2:10, 18, 20), falando de nações que tremem e oferecem tesouros a Deus (Ageu 2:7).
Ideias contrastantes: Pouco antes do encontro de Pedro com Cornélio, uma visão instrui-o a não considerar impuro nada que Deus tenha purificado (Atos 10,15). Este facto contrasta com as declarações de Ageu em 24 de Quisleu, onde as ofertas que se pretendiam puras foram consideradas impuras por Deus (Ageu 2:14). O contraste entre estas mensagens de 24 de Quisleu sugere um significado mais profundo. Abre a possibilidade de interpretar o derramamento do espírito santo de Deus sobre os povos não-judias como um cumprimento e substituição do templo físico em Jerusalém como o lugar onde o espírito santo de Deus residia anteriormente.
# Evidência de desígnio?
No nosso estudo do calendário escondido, observámos o seu alinhamento com importantes acontecimentos e cronologias da Bíblia. Esses alinhamentos envolvem Jerusalém, o templo de Salomão, o templo do governador Zorobabel e outros momentos significativos. Estes alinhamentos apoiam fortemente a validade do calendário proposto.
No entanto, poderão estes alinhamentos ser apenas uma coincidência? Calcular as probabilidades de tal alinhamento é difícil porque se baseiam na fé e na história, não em estatísticas. No entanto, considerar esta questão é como examinar o puzzle de perto e questionar-se sobre a possibilidade improvável de tudo se encaixar.
Imagine dez acontecimentos independentes, cada um com 10% de hipóteses de se alinhar com qualquer outro. O padrão extremamente improvável resultante teria uma probabilidade de 1 em 10 biliões. Com cada evento adicional, as probabilidades diminuem exponencialmente, realçando a improbabilidade da harmonia aleatória.
Será que estes acontecimentos revelam realmente uma mensagem escondida que tem sido transmitida ao longo dos tempos? A resposta, tal como o próprio padrão, ainda está a formar-se, com base na fé, na lógica e nos ecos do passado. Estes ecos harmoniosos encorajam-nos a explorar o seu significado mais profundo e a apreciar a beleza do seu potencial design.
# Abordando potenciais preocupações
Na nossa investigação do calendário escondido, reconhecemos que a interpretação da Bíblia pode ser subjectiva. No entanto, as interpretações aqui apresentadas não se baseiam em conjecturas. São fruto de um estudo cuidadoso e de uma análise meticulosa dos textos sagrados.
Embora não seja possível obter certezas absolutas, as datas e os acontecimentos que orientam a nossa exploração são claros. São baseados em estudos históricos e bíblicos estabelecidos. As interpretações dão prioridade ao relato bíblico em relação a outras fontes. Os cálculos de probabilidade destinam-se a fornecer uma estimativa aproximada da probabilidade de estes alinhamentos ocorrerem por acaso. Cada alinhamento de evento e profecia contribui para a evidência geral. Os cálculos sugerem que estes alinhamentos não são puramente aleatórios.
Por conseguinte, embora as interpretações possam variar, o cerne desta exploração baseia-se num estudo cuidadoso, em estudos respeitados e num profundo respeito pela palavra sagrada. À medida que nos aprofundamos, deixemos que estes princípios guiem a nossa viagem, aproximando-nos de potenciais verdades escondidas na história.
Ver “Cronologia de uma semana: Manter o Pacto em vigor” nos diagramas da secção. ↩︎
Ver “Do Batismo ao Ministério: Explorando um Potencial Interlúdio de 52 Dias” na secção de adendas. ↩︎